terça-feira, 30 de novembro de 2010

Amnésia Política

Por Luciana Castro

Dezembro, Papai Noel e muitos presentes. A cabeça dos brasileiros está tão ocupada que nem se lembram mais dos deputados e senadores que escolheram em outubro. O Jornal O TEMPO, trouxe esta grave, mas nem tão surpresa notícia na página 3 de hoje.
A pesquisa feita pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostra que de 2.000 pessoas entrevistadas em cinco regiões do país, 23%  não se lembram em que candidato a deputado estadual  votaram. A memória política do brasileiro é questionável. Dos entrevistados, 32% afirmaram ter ensino médio. Ano após ano permanece a insatisfação com a política brasileira, porém, todos os escândalos e sujeiras são jogados pra debaixo do tapete pelos próprios eleitores.
O desinteresse pelo que move o país faz com que a liberdade seja tolhida pela própria consciência. Como eleitores domesticados, nos recusamos a sair da zona de conforto do nosso eu, e aceitar o que vier. Como o dito popular - "se melhorar estraga" - todo potencial político e econômico do Brasil é manipulado por políticos sem compromisso com a nação, enquanto o brasileiro se contenta a pão e circo. 

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Dupla face



A maré baixou e as ondas políticas se acalmaram, mais ainda para presidente eleita Dilma Roussef. Após uma campanha acirrada com dois oponentes de peso, Dilma comemora a vitória. Mas, será que toda a população brasileira terá uma calmaria pela frente?
O fato é que ela venceu as eleições em um segundo turno provido de mudanças de discurso, o dito pelo não dito.
Segundo a revista Veja de 13 de outubro de 2010, Dilma escorregou nas contradições.
No primeiro turno, a candidata e atual presidente eleita caiu nas pesquisas. Uma nova estratégia elaborada pelo marqueteiro do PT João Santana, resultou em vitória.
Para conseguir alcançar seu objetivo, Dilma que apoiava a descriminalização do aborto, passou a considerá-lo como violência.
Um dos motivos que mudaram seu discurso,trole da imprensa pelo governo a pelo governo.re o abortoo turno votaram em outros candidatos, decido ao discurso de Dilma em a foram os religiosos. No primeiro turno votaram em outros candidatos, insatisfeitos com o posicionamento de Dilma sobre o aborto. Para agradar, a mudança foi radical, despertando dúvidas sobre as convicções da presidenta eleita. 
Seu discurso anterior  – “Acho que tem de haver a descriminalização do aborto. Acho um absurdo que não haja.” Dilma Rousseff , em 04 de outubro de 2007.
No segundo turno - “Eu, pessoalmente, sou contra. Não acredito que haja uma mulher que não considere o aborto uma violência.” Dilma Rousseff, em 29 de setembro de 2010.
Em uma entrevista á Rádio Jornal no dia 20 de abril de 2010, declarou que não seria “cabível” usar o boné do MST – “Governo é governo, e movimento social é movimento social”. Após dois meses em uma convenção do MST, ela aparece com o boné do movimento na cabeça em um de seus discursos.
Uma de suas propostas de campanha entregue à Justiça Eleitoral no dia 05 de julho de 2010, era criar “observatórios” para o controle da imprensa pelo governo. Após dezesseis dias, Dilma declara – “Sou rigorosamente contrária ao controle do conteúdo. O único controle que existe é o controle remoto.”
Bem, é o que vamos ver nos próximos capítulos. Aguardem...   

    Por Luciana Castro